A acessibilidade em empresas é um assunto que, felizmente, vem ganhando mais visibilidade nos últimos anos. Porém, ainda estamos muito distantes do cenário ideal. No ano passado, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) fez um levantamento e encontrou 545.940 pessoas com deficiência atuando em empresas do país. No entanto, aa pesquisa “Radar da Inclusão – Mapeando a Empregabilidade de Pessoas com Deficiência”, 33% dos entrevistados afirmaram que as empresas em que trabalham ainda não estão adaptadas para eles.
O que muitos empresários não percebem é que adaptar um espaço às normas de acessibilidade não é apenas uma obrigação legal: é uma estratégia que traz vantagens reais para o negócio.
Se você é empresário, gestor ou está planejando abrir um novo estabelecimento, vale a pena entender como um bom projeto arquitetônico pode transformar sua relação com clientes e colaboradores. A seguir, vamos explicar por que a acessibilidade em empresas deve estar na base do seu projeto, quais são os benefícios, o que diz a legislação e como contar com um arquiteto especializado faz toda a diferença.
Se você tiver dúvidas ou precisar de um projeto de acessibilidade em empresas, clique aqui e envie uma mensagem para os especialistas da Riabitare.

Acessibilidade em empresas não custa caro!
Vamos começar desmistificando uma ideia muito comum: a de que acessibilidade custa caro. Claro, toda adequação envolve investimento, mas a pergunta correta é: quanto custa não ser acessível?
Ambientes inacessíveis afastam clientes, limitam oportunidades, geram riscos legais e, pior, excluem pessoas. Em contrapartida, um espaço pensado para todos é mais funcional, versátil, bonito e valorizado.
O projeto arquitetônico acessível permite:
• Circulação fluida de pessoas com diferentes perfis;
• Melhor aproveitamento dos espaços;
• Redução de riscos e acidentes;
• Ambiente mais ergonômico e seguro para todos.
E mais: acessibilidade não beneficia apenas pessoas com deficiência. Pense em uma mãe com carrinho de bebê, em idosos, em pessoas com sobrepeso, em alguém que quebrou o pé. Projetar com acessibilidade é pensar nas pessoas reais, com suas diferenças e necessidades.

O que diz a legislação brasileira sobre acessibilidade em empresas?
A acessibilidade em empresas é regulamentada por uma série de normas legais e técnicas. As principais são:
1 – Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/2015): conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência, essa lei determina que todos os estabelecimentos, sejam públicos ou privados, devem garantir acesso, permanência e autonomia para pessoas com deficiência. Isso inclui adaptações arquitetônicas, comunicacionais e atitudinais.
2 – Norma ABNT NBR 9050: essa norma técnica detalha os padrões de acessibilidade para projetos arquitetônicos e urbanísticos. Define medidas de rampas, portas, corredores, sanitários, sinalização tátil, entre outros elementos essenciai
3 – Códigos de obras municipais e legislação complementar: algumas cidades têm exigências próprias e fiscalizam de forma ativa. Não cumprir as normas pode resultar em multas, embargos ou até mesmo na interdição do negócio.
Ou seja: acessibilidade não é opcional. É uma obrigação legal e um compromisso com a sociedade.

Como aproveitar incentivos fiscais com arquitetura acessível?
O que pouca gente sabe é que adaptar o imóvel às normas de acessibilidade pode gerar vantagens financeiras. Sim, é possível economizar e investir ao mesmo tempo.
Alguns exemplos de incentivos:
• Redução ou isenção de IPTU para imóveis que passem por reformas com foco em acessibilidade, em algumas cidades;|
• Linhas de financiamento e crédito oferecidas por bancos públicos (como a Caixa ou o BNDES) para obras acessíveis;
• Selo de acessibilidade concedido por prefeituras ou órgãos estaduais, que valoriza a imagem institucional da empresa;
• Descontos em taxas municipais, como alvarás e licenças, dependendo da cidade.Para acessar esses benefícios, é fundamental contar com um arquiteto que conheça as leis, saiba elaborar os documentos exigidos e possa protocolar corretamente os projetos junto aos órgãos competentes.

Exemplos de soluções arquitetônicas acessíveis
Para tornar este tema ainda mais prático, veja algumas soluções comuns em projetos de acessibilidade:
RAMPAS COM INCLINAÇÃO CORRETA E PISO ANTIDERRAPANTE
Para garantir segurança e conforto, a inclinação da rampa precisa seguir as normas técnicas da ABNT. Quando a rampa é muito íngreme, em vez de facilitar o acesso, pode se tornar um obstáculo ainda maior.
Outro ponto fundamental é o piso: ele deve ser antiderrapante para evitar escorregões, principalmente em dias de chuva ou quando há acúmulo de umidade.
Esses detalhes fazem toda a diferença para pessoas que usam cadeira de rodas, bengalas ou que têm qualquer tipo de mobilidade reduzida. Um projeto bem feito cuida de cada elemento pensando no uso real do espaço.
PORTAS COM LARGURA SUFICIENTE PARA CADEIRA DE RODAS
Para que uma pessoa que utiliza cadeira de rodas consiga circular com autonomia, a largura das portas precisa ser adequada. Segundo a norma ABNT NBR 9050, o mínimo recomendado é de 80 cm livres, sem contar batentes ou obstáculos.
Quando as portas são mais estreitas, a locomoção se torna difícil ou até impossível, comprometendo a acessibilidade do ambiente.
Esse é um detalhe simples, mas essencial para garantir o direito de ir e vir com segurança e conforto. Um projeto acessível começa nos pontos mais básicos — e uma porta pode ser o primeiro deles.

BANHEIROS ADAPTADOS COM BARRAS DE APOIO E ESPAÇO DE MANOBRA
Um banheiro acessível precisa oferecer mais do que espaço. Ele deve ser pensado para garantir autonomia, conforto e segurança para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
As barras de apoio são indispensáveis para auxiliar na transferência entre a cadeira de rodas e o vaso sanitário, além de dar mais estabilidade durante o uso. Mas não basta instalar de qualquer forma: elas devem estar na altura e posição corretas, conforme determina a norma ABNT NBR 9050.
Outro ponto essencial é o espaço de manobra, que permite a entrada, giro e posicionamento da cadeira de rodas sem obstáculos. Isso evita situações constrangedoras e garante que o ambiente possa ser usado com dignidade.
Projetar banheiros acessíveis é um compromisso com a inclusão e com a funcionalidade real do espaço.
BALCÕES DE ATENDIMENTO COM ALTURA MISTA (TRADICIONAL + ACESSÍVEL)
Muitas vezes, a primeira barreira que uma pessoa com deficiência enfrenta em um espaço comercial está logo na entrada: o balcão de atendimento.
Por isso, o ideal é adotar balcões com altura mista, ou seja, com uma parte na altura tradicional (em torno de 1,10 m) e outra mais baixa, entre 75 e 85 cm, pensada especialmente para pessoas que utilizam cadeira de rodas.
Essa simples adaptação torna o atendimento mais inclusivo, evita constrangimentos e demonstra, na prática, o compromisso da empresa com o respeito e a igualdade de acesso.

SINALIZAÇÃO EM BRAILE E PISO TÁTIL PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL
Pessoas com deficiência visual também precisam se localizar e circular com segurança nos ambientes. Para isso, dois elementos são fundamentais: o braile e o piso tátil.
A sinalização em braile deve estar presente em elevadores, placas informativas, botões e portas, sempre em local de fácil alcance.
Já o piso tátil orienta o deslocamento com os pés ou bengala, indicando rotas seguras, mudanças de direção e áreas de atenção, como escadas e portas.
Esses recursos fazem parte de um projeto acessível de verdade — aquele que vai além da estética e garante autonomia para todos.
ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO DESOBSTRUÍDOS E BEM PLANEJADOS
Espaços de circulação desobstruídos e bem planejados garantem que todos — especialmente pessoas com deficiência física, usuários de cadeira de rodas, idosos ou pessoas com mobilidade reduzida — possam se deslocar com conforto e segurança.
Isso inclui:
• Largura adequada entre móveis e paredes;
• Ausência de degraus ou desníveis;
• Portas que abrem totalmente;
• Corredores retos, bem iluminados e livres de barreiras.
Um bom projeto prevê esses detalhes desde o início. E quando a circulação flui, a experiência no espaço se torna mais inclusiva para todos.

Acessibilidade em empresas: benefícios para clientes e colaboradores
A inclusão é uma das principais bandeiras do nosso tempo. As pessoas não querem apenas consumir ou trabalhar: elas querem se sentir respeitadas e acolhidas.
Veja alguns benefícios reais de tornar sua empresa acessível:
Para clientes:
• Maior conforto e autonomia;
• Experiência positiva que gera fidelização;
• Imagem positiva da marca, que se reflete nas avaliações e recomendações;
• Ampla concorrência: você passa a atender um público maior.
Para colaboradores:
• Inclusão de profissionais com deficiência no time;
• Melhor circulação nos espaços de trabalho;
• Redução de afastamentos por acidentes ou desconfortos ergonômicos;
• Ambiente mais acolhedor e produtivo.
A acessibilidade tem impacto direto na qualidade de vida, no desempenho da equipe e na reputação da empresa.

O papel do arquiteto na implantação da acessibilidade em empresas
A adaptação de um espaço não pode ser feita com base em improvisos ou soluções genéricas. A acessibilidade em empresas exige conhecimento técnico, planejamento e responsabilidade legal.
Um arquiteto especializado em acessibilidade irá:
• Fazer o levantamento técnico do local;
• Identificar pontos de melhoria e riscos legais;
• Desenvolver o projeto com base na NBR 9050 e demais normas;
• Orientar sobre materiais adequados e fornecedores confiáveis;
• Acompanhar a execução da obra e fazer os ajustes em tempo real;
• Emitir os laudos e documentos exigidos por lei.
• Mais do que “colocar uma rampa”, o arquiteto traduz a legislação em soluções funcionais, bonitas e seguras.

A RIABITARE é especialista em projetos de acessibilidade em empresas!
A acessibilidade em empresas é uma questão de justiça social, mas também de inteligência empresarial. Negócios que investem em acessibilidade ganham em eficiência, reputação, alcance de mercado e cumprimento da legislação.
Mais do que seguir regras, é sobre construir espaços que respeitam e acolhem todas as pessoas. E isso começa com um bom projeto.
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Acessibilidade não é um custo. É investimento com retorno garantido.
Até a próxima!